Articulado e desenvolvido pela Associação Beneficente O Pequeno Nazareno e pelo Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CIESPI/PUC-Rio), o projeto Conhecer Para Cuidar teve como foco o levantamento de dados quantitativos e qualitativos sobre as crianças e adolescentes em situação de rua e aqueles/as em acolhimento institucional como medida protetiva à situação de rua. Partindo do conceito definido pela resolução CONANDA/CNAS 001/2016, a pesquisa investigou 17 cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes com o objetivo de contribuir com a qualificação e a eficácia das políticas públicas e com a elaboração de estratégias de articulação entre os operadores do Sistema de Garantias de Direitos no atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua. Aqui, trazemos alguns dos principais resultados dessa pesquisa:
O relatório foi elaborado a partir da investigação de 17 cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes.
disseram que trabalhavam
outras respostas
disseram que trabalhavam
outras respostas
Trabalho precoce, informal e precarizado também é violência!
A rua como uma alternativa à carência de iniciativas de esporte, cultura e lazer.
Apesar do contexto de vulnerabilidades, os vínculos familiares resistem.
mantinham contato diário com familiares
deram outras respostas
mantinham contato diário com familiares
deram outras respostas
Nas ruas, os 215 participantes que responderam já terem sofrido algum tipo de violência, assinalaram 577 respostas, dado que mais de uma opção podia ser marcada.
Isso significa dizer que cada criança ou adolescente sofreu, em média, 3 tipos diferentes de violência em seu curto período de vida.
No acolhimento, os 243 participantes que responderam já ter sofrido algum tipo de violência assinalaram 771 opções de respostas, uma vez que mais de uma opção podia ser marcada na pergunta.
Isso significa dizer que cada criança ou adolescente sofreu, em média, 3 tipos diferentes de violência em seu curto período de vida.
Se os principais violadores de direitos mencionados foram, justamente, os “agentes de segurança pública”, este dado é preocupante.
Nas ruas, os principais agentes violadores de direitos foram os “agentes de segurança pública”, mencionados por 50% dos entrevistados.
Já nas instituições de acolhimento, a opção “família ou responsáveis” apareceu em destaque, tendo sido mencionadas por 61% dos entrevistados.
Entre aqueles que denunciaram, a “delegacia de polícia” foi a opção mais assinalada, tanto nas ruas (38%) como no acolhimento (44%).
Nas ruas, dentre aqueles que afirmaram já terem sofrido violência, apenas 10% haviam denunciado. No acolhimento, 26% disseram o mesmo.
Este é o percentual dos entrevistados que apontaram a violência como um dos perigos de se estar nas ruas.
Já a ação policial foi a segunda resposta mais citada, tendo sido mencionada por 48% dos participantes.
Somos uma rede nacional de organizações que lutam pelos direitos de crianças e adolescentes em situação de rua. Desde 2005, nos mobilizamos pela existência e divulgação de dados oficiais, por políticas públicas específicas, pela afirmação da educação social de rua e pela garantia dos direitos fundamentais, sobretudo o direito à convivência familiar e comunitária.
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