Edit
[PNG] Logo - Criança Não é de Rua

FALE CONOSCO

CONHECER PARA CUIDAR

CNER

Relatório

Articulado e desenvolvido pela Associação Beneficente O Pequeno Nazareno e pelo Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CIESPI/PUC-Rio), o projeto Conhecer Para Cuidar teve como foco o levantamento de dados quantitativos e qualitativos sobre as crianças e adolescentes em situação de rua e aqueles/as em acolhimento institucional como medida protetiva à situação de rua. Partindo do conceito definido pela resolução CONANDA/CNAS 001/2016, a pesquisa investigou 17 cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes com o objetivo de contribuir com a qualificação e a eficácia das políticas públicas e com a elaboração de estratégias de articulação entre os operadores do Sistema de Garantias de Direitos no atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua. Aqui, trazemos alguns dos principais resultados dessa pesquisa:

COR OU RAÇA | AUTODECLARAÇÃO​

NAS RUAS

  • 85% negros e pardos
  • 15% outros

NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

  • 89% negros e pardos
  • 11% outros

FREQUÊNCIA ESCOLAR

NAS RUAS

  • 58% afirmam frequentar a escola
  • 42% afirmam não frequentar a escola

NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

  • 66% afirmam frequentar a escola
  • 34% afirmam não frequentar a escola

O relatório foi elaborado a partir da investigação de 17 cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes.

ALGUMA ATIVIDADE REMUNERADA DE SUBSISTÊNCIA

0%
0%

NAS RUAS

NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

72%

disseram que trabalhavam

28%

outras respostas

17%

disseram que trabalhavam

83%

outras respostas

Trabalho precoce, informal e precarizado também é violência!

PRINCIPAIS MOTIVOS PARA NÃO ESTAREM EM CASA

NAS RUAS

  • 28% submetidos à exploração no trabalho, tráfico de drogas e/ou mendicância
  • 28% outros motivos
  • 24% busca por liberdade e/ou diversão
  • 20% conflitos familiares

NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL​

  • 27% submetidos à exploração no trabalho, tráfico de drogas e/ou mendicância
  • 8% outros motivos
  • 21% busca por liberdade e/ou diversão
  • 44% conflitos familiares

A rua como uma alternativa à carência de iniciativas de esporte, cultura e lazer.

Apesar do contexto de vulnerabilidades, os vínculos familiares resistem.

FREQUÊNCIA DO CONTATO COM A FAMÍLIA

0%
0%

NAS RUAS

NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

66%

mantinham contato diário com familiares

34%

deram outras respostas

12%

mantinham contato diário com familiares​

88%

deram outras respostas

Nas ruas, os 215 participantes que responderam já terem sofrido algum tipo de violência, assinalaram 577 respostas, dado que mais de uma opção podia ser marcada.

Isso significa dizer que cada criança ou adolescente sofreu, em média, 3 tipos diferentes de violência em seu curto período de vida.

PRINCIPAIS VIOLÊNCIAS SOFRIDAS

NAS RUAS

  • 42% assinalaram a opção “te machucaram fisicamente"
  • 41% assinalaram "gritaram com você"
  • 12% disseram nunca ter sofrido qualquer tipo de violência

NO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

  • 67% assinalaram a opção “te machucaram fisicamente"
  • 36% assinalaram "gritaram com você"
  • 3% disseram nunca ter sofrido qualquer tipo de violência

No acolhimento, os 243 participantes que responderam já ter sofrido algum tipo de violência assinalaram 771 opções de respostas, uma vez que mais de uma opção podia ser marcada na pergunta.

Isso significa dizer que cada criança ou adolescente sofreu, em média, 3 tipos diferentes de violência em seu curto período de vida.

Se os principais violadores de direitos mencionados foram, justamente, os “agentes de segurança pública”, este dado é preocupante.

PRINCIPAL AGENTE VIOLADOR DE DIREITOS

Nas ruas, os principais agentes violadores de direitos foram os “agentes de segurança pública”, mencionados por 50% dos entrevistados.

Já nas instituições de acolhimento, a opção “família ou responsáveis” apareceu em destaque, tendo sido mencionadas por 61% dos entrevistados.

ONDE E PARA QUEM REGISTROU A DENÚNCIA

Entre aqueles que denunciaram, a “delegacia de polícia” foi a opção mais assinalada, tanto nas ruas (38%) como no acolhimento (44%).

DENUNCIOU VIOLÊNCIAS SOFRIDAS

Nas ruas, dentre aqueles que afirmaram já terem sofrido violência, apenas 10% haviam denunciado. No acolhimento, 26% disseram o mesmo.

TIPO DE PERIGO OFERECIDO PELAS RUAS

  • 63% violência

Este é o percentual dos entrevistados que apontaram a violência como um dos perigos de se estar nas ruas.

  • 48% ação policial

Já a ação policial foi a segunda resposta mais citada, tendo  sido mencionada por 48% dos participantes.

Sobre

Somos uma rede nacional de organizações que lutam pelos direitos de crianças e adolescentes em situação de rua. Desde 2005, nos mobilizamos pela existência e divulgação de dados oficiais, por políticas públicas específicas, pela afirmação da educação social de rua e pela garantia dos direitos fundamentais, sobretudo o direito à convivência familiar e comunitária.

Contato

Copyright © 2021 Rede Nacional Criança Não é de Rua